segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Mas quem sou eu além desta que está aqui?

Poema sobre mim mesmo, orientado pelo professor de filosofia Arlindo Picoli.

Mas quem sou eu além desta que está aqui?

Sou mais que um simples poema de rima pobre
Porém, muito menos do que eu ainda posso me tornar
Digo que possuo um coração nobre
Mas sou dotada de um gênio bem difícil de lidar.

Sou como qualquer um, acompanhada de defeitos e qualidades
Sou quem mais tenta acertar, por ser quem não consegue parar de errar
Sinto-me só mesmo cercada de amizades
Às vezes, sinto coisas que nem eu mesma sei explicar.

Sou o que você vê ou o que quero te mostrar
Sou tudo e ao mesmo tempo nada
Sou mais uma cara perdida nesse mundão em busca de paz e felicidade
Sou a constante descoberta de mim mesma.

E você, quem é?
É realmente quem demonstra ser
Ou é só uma mascara que lhe envolve?

Não sei quantas almas tenho.

Comentário postado no blog Viver a Filosofia em 15/11/10.

O poema relata uma pessoa com diversas personalidades, uma busca incessante pelo “eu” que nunca é apenas um, um alguém que não consegue de ter apenas uma identidade e a dificuldade em saber o real sentido de sua existência.
Mostra uma pessoa vazia e em constante solidão, alguém que não compreende a si mesmo e ao mesmo tempo uma pessoa de múltiplas personalidades.
Talvez essas múltiplas identidades facilitem para ele a descobrir ele mesmo ou então, uma forma de demonstrar tudo o que ele desejaria ser e não pode.
Tornando-o dependente dessas personalidades, mas ao mesmo tempo o impedem de achar o seu “eu” verdadeiro com essa dependência. Vivendo em constante imaginação e ilusão, mas acaba sendo parte dele acaba de certa forma, sendo ele.
Meio complexo, mas é a melhor forma de Fernando Pessoa traduzir-se.

Subjetividade, cultura e educação: a construção de si mesmo.

Comentário postado no blog Viver a Filosofia em 15/11/10.

É quase impossível dizermos que o meio onde vivemos não influencia em nada nossa formação. A cultura, a família, os amigos e a educação que temos tudo isso nos ajuda de certa forma, na construção de nós mesmos. E isso que Michel Foucault pesquisou e viu os vários jeitos das pessoas, a sua formação e o que teria contribuído para que elas fossem daquela forma. Ele cita a cultura, a educação que essas pessoas tiveram e também a influencia familiar e dos amigos.
É a interligação entre o que aprendemos desde berço, a cultura, a educação e os amigos que temos que ajuda na nossa construção. Porém, nem tudo que aprendemos ou vemos dessas partes que nos influenciam deve prevalecer, pois ao nos desenvolvermos também vamos criando os nossos próprios princípios, o senso de certo ou errado e nem tudo que adquirimos vamos levar adiante.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Comentário sobre o texto: “Democracia Ameaçada”, postado no blog Viver a Filosofia.


Democracia denomina-se “governo do povo”, onde o povo toma importantes decisões na sociedade.
Atualmente, no Brasil, não é a população que decide diretamente o que será feito, mas elegem representantes para tomar essas decisões por ela. Representantes esses, que ao invés de lutar emprôo da grande maioria que o elegeu e que na maioria das vezes é a mais necessitada, corrompem-se e acabam prejudicando de certa forma quem os colocaram lá. Fazendo com que a população fique desacreditada e sem esperanças de melhorias.
Essa população desacreditada acaba por fim, votando em qualquer um, por pensar que todos são iguais ou elegem, talvez como modo de indignação, pessoas que são consideradas palhaças, em todos os aspectos, como no caso do Tiririca. Sem saber que ao ter grande quantidade de votos essa pessoa eleita levará consigo outros representantes, que sequer sabemos o nome ou sua índole.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Preconceito

Preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, ou seja, é a formação de uma opinião antes de ter conhecimentos necessários sobre determinado assunto. É uma atitude “contra” tudo aquilo que foge aos padrões estabelecidos por uma sociedade, podendo ele ser expresso em forma de preconceito ao deficiente, aos idosos, preconceito racial, social, religioso, estético, sexual entre outros.
Nas sociedades, o preconceito é desenvolvido a partir da busca, por parte das pessoas preconceituosas, em tentar localizar naquelas vítimas do preconceito o que lhes “faltam” para serem semelhantes à grande maioria. Onde o preconceituoso se passa por superior e começa a agredir, tanto verbal como fisicamente a vitima, levando a mesma se sentir inferior e excluída, por não possuir aquele “algo a mais” que o considerado “superior” possui. Levando também à marginalização e a violência, uma vez que o preconceito é baseado unicamente nas aparências e na empatia.
Particularmente, vemos a mídia como propulsor desse tão crescente preconceito, pois sendo ela um grande formador de opinião e ditando tudo o que seria certo e errado na sociedade. Muitas vezes, passando o diferente como algo ruim.
Se desejarmos combater o preconceito e a discriminação, a solução não é impor igualdade mascarada e fictícia por intermédio de leis, pois ali perante a lei ele pagará pelo que fez, mas provavelmente voltará a cometer o ato novamente sem nenhum tipo de preocupação com o que o próximo irá sentir, nem conscientizar, porque sabemos que isso não é certo. A solução é admitir e esclarecer as diferenças, as aparências e as realidades para que possamos compreender e não rejeitar o diferente. Pois todos nós somos iguais como homens, mas que possuímos gostos, crenças, tradições e personalidades diferentes. Tentar impor qualquer tipo de igualdade, por força de lei, é semear a falsidade, a hipocrisia, o desrespeito e, por conseqüência, a violência.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Montaigne e a auto-estima.

Desde muito tempo nos sentimos incomodados com nós mesmos por não estarmos nos padrões estabelecidos pela sociedade. Sentimo-nos inadequados fisicamente, (por sermos bordos, magros demais, deficientes, etc.), inadequados pelos julgamentos feitos por outros a respeito de nossos costumes e hábitos e inadequados intelectualmente (por não sermos considerados, espertos, etc.)
Por vivermos rodeados desses modelos inalcançáveis muitas vezes somos recriminados e perseguidos por sermos diferentes. Sem levar em consideração com o real conhecimento e habilidades que temos, sendo o mais importante um pedaço de papel que “comprova” conhecimento ao que a pessoa realmente conhece. Levando a quem adquire esse diploma, dizendo que ele conhece daquele assunto, a ser arrogante e se achar demais o “dono do saber”.
Montaigne tenta descrever o ser humano como nenhum outro havia descrito, com todas as suas necessidades e imperfeições. Defendendo por que por meio da razão, por pensarmos demais somos infelizes e que deveríamos ter a sabedoria dos animais, pois eles não sentem vergonha alguma de seus corpos e não se importam se gostam ou não do seu modo de ser e viver. Pois, somos todas as partes de nós mesmos e devemos nos gostar do modo que somos.
O entediado profissional – Paulo Galdêncio


O tédio é ausência de medo, sendo o mesmo considerado o sal da vida, a necessidade de passar por obstáculos. O homem seria um móbile frágil e o tédio a falsa segurança que temos sem levar em consideração a fragilidade das coisas que nos cerca, essa grande segurança em nós mesmos é o que provoca a ausência do medo, gerando o tédio.
Quando temos uma grande dificuldade e uma baixa habilidade é caudado o stress, o desespero e quando temos baixa dificuldade e grande habilidade gera desinteresse e tédio. Um pêndulo que oscila entre o desespero e o tédio.
Quando temos a dificuldade igual à habilidade passa a não ter graça levando ao tédio, nos levando a necessidade de aumentar a dificuldade e a busca por desafios.
A dificuldade gera desafio sendo motivado a fazer o que gosta, a se sentir útil, se sentir bem no ambiente da equipe, buscar sempre desafios e reconhecimento.
Portanto, devemos transformar o stress em desafio, em faixa do fluir. Buscando ter na vida profissional a paixão, algo intenso e impossível, que quando é realizado se perde o interesse e já parte para outro desafio e na vida pessoal o amor, algo que lhe garanta duração e acaba com a falta de cuidado.